SHOTOKAN KARATÊ

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sexta-feira, 20 de março de 2009

France team - seminário(Japan) Kumite

http://www.youtube.com/watch?v=54dtE0hc4XE

sábado, 14 de março de 2009

Hirokazu Kanazawa



Hirokazu Kanazawa

Mestre japonês de Karate Shotokan, Hirokazu Kanazawa nasceu em 1931, na província de Iwate (Japão), e foi aluno de mestre Gichin Funakoshi, geralmente apontado como o fundador do Karate moderno.
Aos 25 anos era o 5.o Dan mais novo do Japão, extremamente eficaz em kumite (combate) e executante apuradíssimo de kata (exercício de forma). Em 1957 foi campeão de kumite do Japão, menos de uma semana depois de ter fracturado um braço. O Campeonato do Japão era, na altura, a competição de Karate mais importante, uma vez que os primeiros Campeonatos do Mundo só mais tarde tiveram lugar. Em 1958 e 1959 foi de novo campeão, tanto de kumite como de kata.
Abandonando a competição, foi instrutor em países como os Estados Unidos e a Alemanha. Foi ainda professor nas universidades japonesas de Musashi, Kanto e Kitazato, e autor de diversos livros.
Em 1977 deixou a Japan Karate Association (JKA) para formar um organismo mais condizente com a sua concepção do Karate, a Shotokan Karatedo International Federation (SKIF). Na actualidade, a SKIF encontra-se implantada em cerca de uma centena de países. Em Portugal, país que mestre Kanazawa já visitou por diversas vezes, é representada pela Shotokan Kokusai Karatedo - Portugal (SKK-P).
Presentemente, mestre Kanazawa é presidente e instrutor-chefe da SKIF, e tem a graduação de 9.o Dan. Embora o seu estilo de sempre seja o Shotokan, é uma personalidade respeitada por praticantes de outros estilos e artes marciais.



Como referenciar este artigo:
Hirokazu Kanazawa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-03-14].
Disponível na www: .

quinta-feira, 12 de março de 2009

LYOTO MACHIDA RUMO AO CINTURÃO DO UFC

ESTÁ CONFIRMADO, LYOTO MACHIDA DISPUTARÁ O CINTURÃO DOS MEIOS PESADOS CONTRA O ATUAL CAMPEÃO RASHAD EVANS. TODA SORTE DO MUNDO AO KARATECA LYOTO, QUE MOSTROU AO MUNDO DO MMA A FORÇA DO KARATÊ SHOTOKAN. "INDEPENDENTE DE VITÓRIA OU DERROTA, O MAIS IMPORTANTE É O CAMINHO" LYOTO MACHIDA. http://www.ufc.com/index.cfm?fa=news.detail&gid=18601 (fonte ufc) http://www.ufc.com/index.cfm?fa=eventDetail.FightCard&eid=2001 (fonte ufc)

sexta-feira, 6 de março de 2009

ESCLARECENDO DÚVIDAS - SERIE HEIAN

SEGUEM A BAIXO, VIDEOS DOS KATAS SERIE HEIAN - TEMPO QUE NÃO HAVIA RAMIFICAÇÕES NO ESTILO SHOTOKAN. KATAS EM PURA ESSÊNCIA DO KARATÊ SHOTOKAN.




terça-feira, 3 de março de 2009

Trazendo luz sobre a confusão em torno do karate - FEDERAÇÃO E ESTILO

Trazendo luz sobre a confusão em torno do karate
ESTILOS, ESCOLAS, FEDERAÇÕES

Texto: Paulo Peixoto. http://www.academiadekarateonline.com.br/ paulopeixoto@academiadekarateonline.com.br


A popularização do karate, ocorrida nos últimos anos, trouxe uma enorme confusão sobre o que é verdadeiramente a arte marcial, o que é esporte, as modificações e os cismas internos e as deturpações ocorridas na sua prática.Existem alguns estilos “puros” de karate, vale dizer, que não procederam a adaptações para satisfazer demandas exógenas, por fins comerciais, de massificação ou conveniências políticas. Alguns estilos puros são o shotokan, o wado-ryu, o goju-ryu. Outros estilos existem, não tão difundidos, notadamente no Brasil.No caso do estilo shotokan, em particular, há uma enorme confusão do público sobre o que é ele, as escolas, federações, etc.O estilo Shotokan foi criado pelo professor Funakoshi, sendo que “Shotokan” era o pseudônimo do próprio Funakoshi, que desta maneira assinava os seus poemas – poeta e professor da língua japonesa que era.Funakoshi criou a Nihon Karate Kiokai (Associação de Karate do Japão), escola reconhecida pelo governo japonês. Quando da morte de Funakoshi, assumiu a posição de dirigente máximo da escola o professor Nakaiama, o qual permaneceu nesta posição até seu falecimento, em 1987. Após sua morte, a direção da Nihon Karate Kiokai foi compartilhada ou assumida por um colegiado, durante vários anos. Só recentemente o próprio governo japonês interviu e indicou o professor Sugiura – karateca dos tempos do professor Nakaiama – como o novo dirigente da escola.Esta, a Nihon Karate Kiokai, é a escola matriz e a maior do mundo do estilo Shotokan.Como esta escola, existem, ainda no estilo Shotokan, a escola do professor Kanazawa (Shotokan Karate International), a escola do professor Nishihama (não confundir com a ITKF – Federação), entre outras. Igualmente, existem escolas dos estilos Goju-ryu, Wado-ryu, etc.Grosseiramente, pode-se dizer que qualquer academia é uma escola, com a respeitabilidade que sua competência e tradição possam conter. A Nihon Karate Kiokai é, tradicionalmente, a fonte em que a maioria das escolas e federações que contam com praticantes do estilo Shotokan vai buscar conhecimento. Mesmo praticantes de karate de algumas academias não do estilo Shotikan vão, frequetemente, buscar ali na NKK este conhecimento.Federações, por outro lado, são instituições que abrigam – congregam – diversas escolas. Muitas vezes, abrigam escolas de estilos diferentes. Ocorre que, quando uma federação recebe estilos diferentes, recebe igualmente idéias, filosofias e técnicas diferentes, de vez que as escolas tem diferenças de raiz. Quanto mais forte e coesa uma federação, mais concessões são feitas por cada escola – a menos que uma dela se imponha – afastando-se estas mais e mais de suas origens. Isto fica particularmente evidente nos campeonatos, em que as regras estabelecidas devem ocorrer por consenso, sendo este um método que demanda renúncias de cada parte para a convivência e sobrevivência do grupo. Isto é próprio do consenso, da formação de grandes grupos. Assim, federações se fortalecem para fora (maior público) e as escolas puras se fortalecem para dentro (especialização).Quando se fala, por exemplo, em Confederação Brasileira de Karate (filiada à WKF), não se pode dizer que se trata deste ou daquele estilo, na medida em que ela abriga estilos tão diferentes quanto o shotokan e o wado-ryu, dentre outros.Assim, escolas são academias, sejam grandes como a NKK ou pequenas como uma de bairro; um estilo é um conjunto de características, métodos e técnicas que conferem identidade própria a uma determinada linhagem de arte marcial; uma federação é uma associação de escolas e/ou estilos para formar uma instituição com um fim comum.Filosoficamente, há diferenças fundamentais entre aqueles que exortam a prática do karate como uma arte marcial, que representa um caminho para a formação do caráter e aqueles que consideram o karate como um esporte de competição, apenas. Os primeiros, pelo menos em tese, buscam a perfeição – sabendo-a inalcançável - , ainda que esta postura custe ou provoque a falta de interesse do público em geral. Os outros, buscam a popularização e massificação do karate como esporte, criando regras de competição que tornam a arte marcial mais “palatável” para o público em geral. Como disse no fim da década de 80 o primeiro presidente da antiga WUKO – hoje WKF -, o público não entende e perde o interesse pelo karate, se praticado da maneira como é. A Confederação Brasileira de Karate, que é a maior das várias federações e confederações de karate existentes no Brasil, é a entidade nacional ligada à WKF. Existe, filosoficamente, uma enorme diferença entre instituições como a Nihon Karate Kiokai e a WKF.Outro fator que interfere com o karate é o político. Freqüentemente ocorrem cismas no karate, migrações de “atletas” karatecas de uma para outra federação, por questões de poder. Alguns chegam a fundar federações para poderem vir a dirigi-las. Outros, buscam realizar eventos que os projetem ou mesmo para participarem de campeonatos em condições de destaque, o que não conseguiriam nas federações em que se encontravam.Dizer-se que a desunião no karate o enfraquece não é correto. Água e azeite não se misturam. Filosofias diferentes, tampouco. O karate praticado em diferentes escolas, estilos e federações não é o mesmo. Diferenças políticas, filosóficas e técnicas.Diferenças técnicas, aliás, existem desde os movimentos fundamentais do karate – o kihon. Até mesmo discussões sobre a necessidade de se apoiar toda a técnica para desferir um soco em uma base mais estável – o calcanhar – ocorrem com freqüência, o que mostra a dimensão do problema. Idem, quanto a se utilizar a força da panturrilha (usando a ponta do pé na projeção) ou da coxa, mantendo-se o calcanhar no chão, para se projetar o corpo e desferir um golpe. Para os que falam em arte marcial, o karate deve ser praticado como se fora efetivamente uma arte de guerra; os golpes desferidos devem ter a condição de, se desferidos para atingir um oponente, coloca-lo fora de combate – ainda que não se deva tocar um parceiro ou colega no treinamento.Estas exigências são “flexibilizadas”, quando não totalmente ignoradas, em boa parte das academias e federações, uma vez que golpes deste tipo (mais próximos da perfeição) são mais difíceis de ocorrer, o que torna um combate desinteressante para um observador, para um não-praticante. A profusão de golpes, especialmente chutes, ainda que com pouca potência ou efetividade, acaba sendo enfatizada, inclusive com sistema de recompensa – pontuação – que privilegia a quantidade, em detrimento da qualidade dos golpes.Por tudo isto, é necessário que se faça uma análise das diferenças, que de fato existem, entre o que é proposto pelas diferentes academias e professores. Para aqueles que querem a competição, faz-se necessário submeter-se às regras próprias. Para os que querem o crescimento pessoal através do karate, igualmente é necessário que se conscientizem das exigências e dificuldades que este caminho impõe.O importante, é saber o que se quer e perseguir-se seus objetivos com determinação.

KATAS - VIDEOS (2)

KATAS SUPERIORES - [JKA] BASSAI DAI - JION - EMPI - KANKU DAI - KANKU SHO - MEIKYO





segunda-feira, 2 de março de 2009

KATAS VIDEOS

SERIE HEIAN
JKA

HEIAN SHODAN




HEIAN NIDAN

HEIAN SADAN

HEIAN YODAN



HEIAN GODAN


HISTÓRIA DO SURGIMENTO DO KARATÊ

HISTÓRIA DO SURGIMENTO DO KARATÊ

  • ORIGEM
  • JAPÃO
  • ESTILOS
  • BRASIL
  • BAHIA

1. HISTÓRIA DO KARATE:

Formas de autodefesa são, provavelmente, tão antigas quanto a raça humana. O Karate e as demais Artes Marciais atuais têm suas raízes mais remotas no século V e VI antes de Cristo, quando se encontram os primeiros indícios de lutas na Índia. Esta luta era chamada "Vajramushti", cuja tradução aproximada poderia ser "aquele cujo punho cerrado é inflexível". Vajramushti foi o estilo de luta do Kshatriya, uma casta de guerreiros da Índia.
1.1 - Origem do Karate Em 520 A.D., um monge budista chamado Bodhidharma (também conhecido como "Ta Mo" em chinês ou "Daruma Taishi" em japonês), viajou da Índia para a China para ensinar Budismo no Templo Shaolin (Shorinji). A lenda conta que quando ele chegou encontrou os monges do Templo numa condição de saúde tão precária, devido às longas horas que eles passavam imóveis durante a meditação, que ele imediatamente se preocupou em melhorar a saúde deles. O que ele ensinou foi uma combinação exercícios de respiração profunda, yoga e uma série de movimentos conhecidos como "As Dezoito Mãos de Lo Han" (Lo Han foi um famoso discípulo de Buda). Esses ensinamentos foram reunidos em um só e os monges logo se descobriram capazes de se defender contra os muitos bandidos nômades que os consideravam uma presa fácil. Os ensinamentos de Bodhidharma são reconhecidos pelos historiadores como a base de um estilo de arte marcial chamado Shaolin Kung Fu. Os estilos de Kung Fu se desenvolveram quando as personalidades e as nuanças dos monges emergiram. Haviam dois templos Shaolin, um na província de Honan e outro em Fukien. Entre 840 e 846 A.D., ambos os templos, assim como muitos milhares de templos menores, foram saqueados e queimados. Isto foi supervisionado pelo Governo Imperial Chinês, que na época tinha uma política de perseguição e importunação sobre os Budistas. Os templos de Honan e Fukien foram mais tarde reconstruídos somente para serem destruídos por completo pelos Manchus durante a Dinastia Ming de 1368 a 1644 A.D. Somente cinco monges escaparam, todos os outros foram massacrados pelo imenso exército Manchu. Os cinco sobreviventes tornaram-se conhecidos como "Os Cinco Ancestrais". Eles vagaram por toda China, cada um ensinando sua própria forma de Kung Fu. Considera-se que este fato deu origem aos cinco estilos básicos de Kung Fu: Tigre, Dragão, Leopardo, Serpente e Grou. Como cidadãos chineses emigraram para as ilhas de Okinawa, novos sistemas se desenvolveram. O nome genérico dado às formas de luta de Okinawa foi "Te", que significa "mão". Haviam três principais núcleos de "Te" em Okinawa. Estes núcleos eram as cidades de Shuri, Naha e Tomari. Conseqüentemente os três estilos básicos tornaram-se conhecidos como Shuri-te, Naha-te e Tomari-te. O primeiro deles, Shuri-te, veio a ser ensinado por Sakugawa (1733-1815), que ensinou Sokon "Bushi" Matsumura (1796-1893), e que por sua vez ensinou Anko Itosu (1813-1915). Foi Itosu o responsável pela introdução da arte nas escolas públicas de Okinawa. Shuri-te foi o precursor dos estilos japoneses que eventualmente vieram a se chamar Shotokan, Shito Ryu e Isshin Ryu. Naha-te tornou-se popular devido aos esforços de Kanryo Higaonna (1853-1916). O principal professor de Higaonna foi Seisho Arakaki (1840-1920) e seu mais famoso aluno foi Chojun Miyagi (1888-1953). Miyagi também foi à China para estudar. Ele mais tarde desenvolveu o estilo conhecido hoje por Goju Ryu. Tomari-te foi desenvolvido juntamente por Kosaku Matsumora (1829-1898) e Kosaku Oyadomari (1831-1905). Matsumora ensinou Chokki Motobu (1871-1944) e Oyadomari ensinou Chotoku Kyan (1870-1945) - dois dos mais famosos professores da época. Até então Tomari-te era largamente ensinado e influenciou tanto Shuri-te como Naha-te.1.2 - Desenvolvimento do karate e seus principais estilos.
Historia do Karate:
No começo, a maioria dos alunos não é consciente do estilo de Karate que pratica
, até algum tempo depois. Uma vez que o aluno progrediu de um nível baixo a um mais avançado, começa a compreender a "política" existente entre os diversos estilos.Facilmente, existem uns cinquenta (50) estilos de Karate no Ocidente. O curioso de tudo isto é que o Karate realmente nasceu de três estilos diferentes que havia na ilha de Okinawa. Além disso, cabe destacar que os três estilos desenvolveram-se partindo de um só, o estilo nativo conhecido como "Te" que significa "mão".Existem mais de trinta estilos autorizados ou reconhecidos no Japão e Okinawa. Ainda quando na sua maioria estes estilos tenham sido criados em Okinawa, outros foram desenvolvidos no Japão, por indivíduos que viajaram à China para completar seu treinamento. Por tanto, afirmar que todos os estilos de Karate são originários de Okinawa não é certo, ainda quando a maioria tenha origens nesta pequena ilha.
Te
A Arte Marcial simplesmente conhecida como Te, é um dos sistemas de combate de Okinawa. Devido à proibição de armas imposta pelos governantes japoneses à povoação de Okinawa, no século XVI, o Te considerado como uma Arte completamente autóctona da ilha, mas reconhece-se a influência de outros países orientais, especialmente da China. Um dos primeiros Mestres reconhecidos desta forma de combate à mão vazia, foi Shungo Sakugawa (1733-1815). O qual recebeu sua instrução directamente de um monge de nome Peichin Takahara. Sakugawa ensinou a Arte Marcial a Soken Matsumura, um dos maiores artistas marciais da história. Enquanto que a raiz da maioria dos estilos de Karate que desenvolveram-se em Okinawa, encontra-se na conexão SakugawaMatsumura, muitos outros estilos foram criados sem a influência de um ou de outro. Na Okinawa do século XVIII, desenvolveram-se três centros importantes de estudo do Karate. Um deles ficava situado na antiga capital de Shuri, onde viviam os nobres e a família real. Um outro formou-se em Naha, o principal porto da ilha. O terceiro em Tomari. Cada uma destas cidades desenvolveu eventualmente seu próprio estilo. desenvolveu-se como método de defesa pessoal.

Shuri-Te

Sakugawa, que está considerado como um dos primeiros Mestres de Te, também foi considerado como um dos primeiros Mestres de Shuri-Te, devido a viver nesta cidade. Sakugawa contava quase 70 anos de idade quando uma criança de nome Matsumura começou a treinar com ele. Matsumura tornou-se o melhor aluno de Sakugawa e depois da morte do Mestre, Matsumura chegou a ser o melhor instrutor de Shuri-Te. Sua influência originou a maioria dos diferentes estilos de Karate existentes hoje em dia.

Tomari-Te

Tomari fica perto da pequena povoação de Kumemura (Cidade Kume), que era habitada por grande números de militares treinados em diferentes estilos de Artes Marciais. Entre todos estes estilos havia sistemas "duros", descendentes do Templo Shaolin, assim como outros estilos "internos", que provinham de outros lugares da China.Enquanto o Shuri-Te foi influenciado principalmente pelos estilos "duros" de Shaolin, o Tomari-Te teve influências tanto dos estilos "duros" como dos "suaves". Um dos principais Mestres de Tomari-Te foi Kosaku Matsumora, que ensinava o estilo sempre à porta fechada e em segredo. No entanto, só uns poucos estudantes de Matsumora chegaram a conseguir um nível suficientemente notável para transmitir a Arte.Outro importante instrutor de Tomari-Te foi Kohan Oyadomari, o primeiro instrutor do grande Chotoku Kyan.

Naha-Te

Dos três estilos significativos daquela época em Okinawa, o Naha-Te era o estilo mais influenciado pelos sistemas "internos" chineses e o que menos contacto tivera com a tradição Shaolin. O maior Mestre de Naha-Te foi Kanryo Higashionna. Parece provado que Higashionna tenha estudado o estilo Shuri-Te com Matsumura, mas apenas durante um curto período. Higashionna era ainda muito jovem quando foi morar na China, onde permaneceu durante muitos anos. Quando regressou a Naha, abriu uma escola na qual destacavam padrões de movimentos respiratórios muito usados nos estilos "internos" chineses. Higashionna teve muitos bons alunos, os quais chegaram a ser famosos por eles mesmos, entre os que encontram-se Chojun Miyagi e Kenwa Mabuni.

Shorin Ryu
- O Shuri-Te e o Tomari-Te, fusionaram-se para fazer-se um só estilo denominado Shorin Ryu, que reconhece a influencia do Templo Shaolin. "Shorin" é a palavra chinesa para Shaolin. Foi na época de Sumura quando as duas formas se juntaram. Um dos maiores expoentes deste novo estilo foi Yatsutsume (Anko) Itosu, um dos melhores alunos de Matsumura.
Shorei Ryu - No momento de maior popularidade de Higashionna, o Naha-Te começou a ser conhecido como Shorei Ryu. Durante este mesmo período, o estilo começou a tomar uma nova direcção e transformou-se num estilo de combate puramente "interno". Isto foi devido em grande parte à influência de Choki Motobu. Apesar do estilo de Motobu ser considerado Naha-Te, na realidade não tinha nada a ver com Higashionna. Quando Motobu transformou-se em líder do Shorei Ryu, começou a orientar seu desenvolvimento numa outra direcção, principalmente por ter treinado com Anko, do estilo Shuri-Te e também com Matsumora, do estilo Tomari-Te. Motobu teve grande reputação como lutador nas ruas e como instrutor de Karate.
Shotokan - O fundador do Karate Shotokan foi aluno de Yasutsune Itosu e de seu bom amigo Yasutsune Azato. Itosu aprendeu seu estilo de Karate de Sooken Matsumura, enquanto que Azato foi treinado pelo instrutor de Tomari-Te, Kosaku Matsumora. Por tanto, Funakoshi treinara extensamente em Shorin Ryu e em Shorei Ryu. Devido à sua relação com estes dois grandes instrutores, Funakoshi teve ocasião de treinar também com outros mestres importantes.Quando Funakoshi foi viver para Tóquio em 1930, fundou o estilo Shotokan. Shotokan traduz-se como a escola de "Shoto", porque o nome de batismo de Funakoshi era "Shoto".Funakoshi encontrava-se na vanguarda quando a diversidade dos estilos de Karate transformaram-se em moda. Por não ser considerado partidário da especialização em apenas um estilo de Karate, sua influência ajudou em muito a provocar esta proliferação.
Shito Ryu - Enquanto Funakoshi treinava com ltosu, um de seus amigos e companheiros de aula era Kenwa Mabuni. Mabuni eventualmente, resolveu treinar num estilo diferente de Karate e viajou a Naha para treinar com Higashionna. Mabuni ficou com Higashionna durante muitos anos e inclusivamente treinou, ainda que por pouco tempo, com Chojun Miyagi. Miyagi regressara de seus treinamentos na China e a intenção de Mabuni era aprender dele as técnicas novas que ali tivesse aprendido.Como Funakoshi, Mabuni mudou-se para o Japão e fundou o Shito Ryu. Shito era uma combinação dos nomes dos seus dois Mestres, Higa[shi]onna e I[to]su.Mabuni ensinava uma combinação do estilo puro e lineal do Shuri-Te de Itosu e do estilo suave e circular de Naha-Te. Seu sistema de Shito Ryu está considerado como um dos sistemas mais praticados no Japão.
Goju Ryu - O Naha-Te que ensinava Higashionna, com o tempo, mudou seu nome para Shorei Ryu e começou a parecer-se aos estilos que tem origem no Templo Shaolin. O estilo original de Higashionna estava influenciado por um sistema de combate que existiu na China antes da tradição de Shaolin e era um pouco mais suave que o Shorin Ryu. O estudante de Higashionna, Chojun Miyagi, queria ensinar um estilo similar aquele que ensinava seu instrutor e seguindo as recomendações de seu Mestre, resolveu viajar à China para completar seu treinamento. Ali, concentrou-se no estudo de diferentes sistemas internos e técnicas de respiração.Miyagi regressou a Naha e depois de vários anos, viajou ao Japão para ensinar na antiga capital de Tóquio. A Arte de Miyagi evolui do Naha-Te que aprendera de Higashionna até aquilo que em 1929, Miyagi denominou Goju Ryu, cujo significado é "Duro" (Go) e "Suave" (Ju). Foi a combinação desta arte suave e dura o que fez do Goju Ryu um dos sistemas mais praticados na actualidade. Um dos melhores alunos de Miyagi foi Gogen Yamaguchi "O Gato".
Wado Ryu - Quando Gichin Funakoshi realizava demostrações, normalmente era acompanhado do seus melhores alunos. O estudante que mais ajudou Funakoshi nas suas demostrações foi Hironori Otsuka, que começou a treinar com Funakoshi em 1926. A começos dos anos 30, Otsuka era considerado um dos melhores praticantes de Karate do Japão. É curioso assinalar o facto de que quando Otsuka fez-se aluno de Funakoshi, já era um Mestre de Shindo Yoshin Ryu Jujitsu, mas deixou de parte seu estilo para treinar com Funakoshi. Depois de treinar durante mais de dez anos com Funakoshi, de repente Otsuka deixou de treinar com Funakoshi e começou a estudar outros estilos de Karate, durante curtos períodos. Existem provas de ter inclusivamente treinado com Choki Motobu, antes de estabelecer-se por sua conta.Em 1939, Otsuka fundou o Karate Wado Ryu (Wa significa "harmonia" e Do "caminho ou via"). Otsuka combinou o Karate que aprendera com Funakoshi com seu próprio estilo Yoshin Ryu Jujitsu, para desenvolver um sistema muito mais suave que o resto dos estilos. Seus treinamentos priorizam a perfeição da mente à perfeição da técnica. O Wado Ryu fez-se um estilo muito popular em todo o mundo.
Kyokushinkai - O Kyokushinkai é na actualidade um dos estilos de Karate mais duros. Seu fundador, o Mestre Masutatsu Oyama, começou seu treinamento em Shotokan num colégio militar, à idade de 14 anos. Na realidade, Oyama era um Coreano de nome Yee Hyung, mas mudou de nome quando foi viver para o Japão.Oyama foi recrutado para o exército Imperial em 1941, depois de apenas dois anos de treinamento com Funakoshi. Depois da guerra, treinou com Chojun Miyagi e pouco depois, resolveu viver retiradamente e viajou à Montanha Kiyosumi, onde viveu isolado por mais de um ano e meio. Oyama tentou estabelecer sua própria escola mas não obteve muito êxito. No entanto, com o tempo sua prática de matar touros com apenas um golpe de mão, proporcionou-lhe muita fama. Em 1952, Oyama viajou aos Estados Unidos para dar a conhecer o seu estilo. Aceitou todos os desafios e jamais perdeu um combate, acabando com a maioria de seus adversários por K.O. Quando Oyama regressou ao Japão, fundou o Kyokushinkai.O Kyokushinkai dá prioridade ao combate descontrolado para ajudar os alunos a vencer o medo. Os competidores não usam equipamentos de protecção nos campeonatos e a maioria dos combates acabam com um K.O. Outra característica importante do Kyokushinkai são os exercícios de rompimento. Aos aspirantes a Cinto Preto são exigidos os teste de quebra.
Isshin Ryu - O fundador do Isshin Ryu, Tatsuo Shimabuku aprendeu Karate com diferentes instrutores de diferentes estilos. Estudou Goju Ryu com Chojun Miyagi, depois Shorin Ryu com Chotoku Kyan e finalmente Shorei Ryu com o Mestre Choki Motobu.Foi durante a Segunda Guerra Mundial quando Shirnabuku ganhou fama corno instrutor. os oficiais japoneses estavam tão impressionados com os seus métodos de ensino que evitaram que fosse à guerra, para continuar a treinar com ele.Depois da derrota dos japoneses, as forças americanas de ocupação em Okinawa mostraram-se muito interessadas pelo Karate de Shimabuku e muitos soldados americanos foram treinar com ele. Alguns dos melhores alunos de Shirnabuku eram americanos, entre eles contavam-se Steve Armstrong, Harold Mitchum e Don Nagel. Armstrong estava tão impressionado com Shimabuku que conseguiu do governo americano que lhe pagassem cinco dólares mensais, por cada soldado americano que treinasse com ele.Em 1954, Shimabuku fundou o estilo lshshin Ryu, que significa "O estilo de um só coração".
Motobu Ryu - A família Motobu era nobre e praticava uma Arte Marcial considerada tão efectiva como mantida em absoluto segredo. Só o primogénito tinha o direito de aprender a Arte da família. Choki Motobu era o terceiro filho e desejava desesperadamente aprender o estilo de sua família, mas não foi autorizado. Por muito que espreitasse seu irmão mais velho e seu pai, Choki jamais aprendeu o suficiente nem para poder defender-se na rua. Por este motivo, foi aprender com outros.O irmão mais velho, Choyu, era o verdadeiro Mestre da família. Por volta de 1940, Choyu acabou com a tradição e ensinou a Seikichi Uehara a sua Arte. Uehara fundou o Karate Motobu Ryu em 1961. Apesar de seu estilo ter esse nome em honra de Choyu Motobu, na realiade não é idêntico aquele ensinado na família.
Uechi Ryu - Surpreendentemente, o Karate Uechi Ryu nunca esteve influenciado por Shungo Sakugawa, nem por Soken Matsumura ou Kanryo Higashionna. Este estilo é considerado um rebento do Naha-Te, devido à origem e influências similares.O fundador deste estilo foi Kanbum Uechi, um nativo de Okinawa que viajou à China e estabeleceu amizade com o monge Chou Tzu Ho, o qual ensinou-lhe um estilo similar ao que Higashionna aprendera. Este estilo chamava-se Pangai Noon, que significa "metade duro, metade suave".Depois de quase quinze anos vivendo na China, Uechi voltou a Okinawa, mas nunca com a intenção de ensinar Artes Marciais. Apesar de muitos conhecerem a sua reputação como Mestre, levaram mais de 17 anos para conseguir convencer Kanbum Uechi a ensinar. Ao princípio, Uechi denominou a sua arte Pangai Noon, mas con o tempo mudou o nome para Uechi Ryu, a fim de evidenciar suas próprias inovações.Infelizmente, o estilo só chegou a ser popular depois da morte de Uechi. Seu filho Kanei, continua a ensinar a sua Arte e hoje é um dos estilos mais populares de Okinawa.
Shorinji Ryu - O Karate Shorinji Ryu foi fundado depois da guerra por Hisataka e seu filho Masayuki. "Shorinji" é a tradução japonesa de "templo Shaolin".Kori Hisataka desenvolveu este sistema com a intenção de iniciar um estudo profundo do ensino original do Templo de Shaolin. Também estava influenciado pelo Shorinji Kempo, um estilo criado por monges de Shaolin.

  • Shotokan é uma escola de karatê criada por Gichin Funakoshi (1868-1957). Inicialmente o Mestre Funakoshi não acreditava em criação de estilos e sim que todo karatê deveria ser um só, mesmo com as diferenças naturais de ensino que variam de professor para professor. Shoto era como Funakoshi assinava seus poemas, significa pinheiros ondulando ao vento e kan significa edificação ou salão.
    Os alunos de Funakoshi construíram um dojo ( lugar do Caminho) em sua homenagem e o chamaram de Shotokan (Edifício de Shoto). Acredita-se que a origem do nome do estilo seja essa. O Shotokan foi destruído durante um bombardeio na II Guerra Mundial.
    O estilo Shotokan caracteriza-se por bases fortes, predominancia de movimentos de mão e chutes no máximo até o peito. Os giros sobre o calcanhar em posição baixa dão fluidez ao deslocamento e todo movimento começa com uma defesa. Este é um estilo em que as posições têm o centro de gravidade muito baixo, e em que a técnica de um "simples" soco direto, pode nunca ser dominada, e só o é com muitos anos de treino, mas quando a técnica é dominada o seu poder é incrivel e quase sobre-humano. No karatê shotokan são levados a sério fatos como a concentração e o estado de espirito, pois sem concentração e um estado de espirito leve mas determinado a técnina de pouco serve, devendo estes dois atributos expandirem-se com a pratica e determinação.
    Possui 29 [26] katas (ou forma, também mencionado como o "balé da morte" por se tratar de uma sequencia de movimentos contra 4 ou mais adversários executados de tal forma que se assemelha a uma dança), sendo 3 não reconhecidos por serem usados apenas para uma melhor introdução ao praticante). seguindo ainda um metedo de ensino que divide a aula em três partes (o já citado kata, o kumitê e o kihon.).
    Os katas auxiliam o iniciante a assimilar o estilo e aprender as técnicas básicas de movimentar-se, defender-se e atacar. Para o avançado os katas são um confronto com as ideias dos velhos mestres, nestes confrontos os atuais praticantes entendem os segredos da arte, que só são aprendidos mediante prática exaustiva e não oralmente.
    O karatê Shotokan está dividido em 8 níveis ou faixas (obi):
    Branca (7º Kyu) (iniciante)
    Amarela (6º Kyu)
    vermelha (5º Kyu)
    Laranja (4º Kyu)
    Verde (3º Kyu)
    Roxa (2* Kyu)
    Marrom (1º Kyu)
    Preta (1º Dan à 10°Dan)
  • Katas do Estilo Shotokan
    Origem:
    Os KATAS são a essência do estilo de karatê, neles estão contidas as técnicas de grandes mestres. Cada kata representa uma situação diferente pela qual o carateca esta passando. Sendo que os katas só terão o seu significado relamente compreendido por aquele que os pratica com maior frequência, um grande mestre do passado disse que um kata só deve ser mostrado a outros quando ele for praticado 10.000 vezes, com uma pratica dessa quantidade pode realmente alcançar o real significado de cada técnica contida no kata e não a simples ordenação dos movimentos, pois o kata não deve ser dublado (bailarinos do karatê) e sim vivido (estilo edvasado), devesse imcorporar a situação para que ele possa vir a ter um proveito real para o praticante.
    TAIKYOKU
    : (A Criação): Este representa, na verdade, três Kata, na ordem Shodan, Nidan e Sandan. Não é utilizado hoje em dia, era utilizado para introduzir iniciantes, já que é o mais fácil dos kata para ser aprendida. Consiste nos bloqueios e ataques mais úteis na prática das técnicas básicas. Este Kata e o Ten No Kata (descrito adiante) são o produto de muitos anos de pesquisas sobre a arte do Karatê. Quando praticados regularmente resultam no desenvolvimento equilibrado do corpo e na estável habilidade para suportar o corpo corretamente. Além disso, o aluno que adquiriu proficiência nas técnicas básicas e compreende a essência do Kata Taikyoku, irá valorizar o real significado deste princípio: "No karatê não há vantagem no primeiro ataque".
    HEIAN: (Paz e Tranqüilidade): Há cinco formas de Heian (shodan, nidan, sandan, yondan, godan), contendo uma grande variedade de técnicas, sendo quase todas relacionadas a posturas básicas. Alguém que tenha aprendido estas cinco formas pode estar seguro que é capaz de defender-se com muita habilidade na maioria das situações. O significado do nome deve ser levado em consideração neste contexto. Observa-se que as formas indicadas aqui como Shodan (primeira) e Nidan (segunda) estão inversas em relação à sua ordem tradicional. Esta mudança foi introduzida após considerar seus vários pontos de dificuldade e facilidade para o ensinamento.
    TEKKI: (Cavaleiro de Ferro) ou (Andar a Cavalo): (Há três formas. Shodan, nidan e sandan). O nome refere-se a característica distinta deste Kata que é sua postura Kiba-dachi, como montar a cavalo. Neste as pernas são fortemente posicionadas bem abertas, como se fosse para sentar no dorso de um cavalo, e a tensão é aplicada nas bordas externas das solas dos pés com a sensação de concentrar a força em direção ao centro, sendo praticado para o desenvolvimento do kime (força).
    BASSAI: (Romper a Fortaleza) ou (Atravesar a Fortaleza): É um kata que reuni as principais técnicas básicas do karatê Shotokan. Este sugere o confronto contra um adversário superior, que não tenha pontos fracos (fortaleza), no qual o praticante terá que superar os seus próprios limites para conseguir a vitória. Há duas formas de Bassai (Dai,e Shô).
    KANKU: (Olhar Para O Céu) ou (Contemplar o Céu): O nome deste Kata derivou-se originariamente do mesmo introduzido por Ku Shanku, integrante do exército Chinês. O nome refere-se ao primeiro movimento do Kata, no qual levanta-se as mãos e olha-se para o céu. Há duas formas de Kanku (Dai e Shô), um curta e outra longa.
    JITTE: (Dez Mãos) ou (Dez Técnicas): Nas formas remanescentes pertencem ao estilo Shorei, os movimentos são um tanto mais pesados quando comparados àqueles do estilo Shorin. A postura é bastante audaz. Proporcionam um bom condicionamento físico, embora sejam difíceis para iniciantes. O nome Jutte sugere que alguém que tenha aprendido este Kata é tão eficiente como dez homens de uma só vez.
    HANGETSU: (Meia-Lua): Nos movimentos para frente, neste Kata, são descritos semicírculos com as mãos e os pés de maneira característica, sendo seu nome derivado deste fato. Um das grandes caracteristicas é a respiração, sendo devidamente trabalhada de forma sincronica com os movimentos.
    ENPI: (O Vôo Da Andorinha): A movimentação característica deste Kata é o ataque a um nível mais acima do solo. Na seqüência segura-se o opoente e o induz a permanecer em uma posição específica, simultaneamente avançando e atacando novamente. O movimento representa o vôo rápido e ágil da andorinha. Sem dúvida um dos katas mais rápidos do estilo.
    GANKAKU: (O Grou Sobre a Rocha): A característica deste Kata é a postura em uma só perna que ocorre repetidamente. Representa a visão esplêndida de uma garça pousada em total equilíbrio em uma pedra, prestes a lançar-se sobre a sua vítima.
    JION: (Amor e Gratidão): Este é o nome original e tem aparecido freqüentemente na literatura chinesa desde os tempos antigos. O Jionji é um famoso velho templo Budista, e há um santo Budista bastante conhecido chamado Jion. O nome sugere que o Kata tenha sido introduzido por alguém identificado com o Templo Jion, assim como o nome Shorin-ji Kempo deriva de uma relação com o Templo Shorin. É um kata de base pesadas.
    CHINTE: (Mãos Estranhas) ou (Técnicas Estranhas): Possui este nome por conta de técnicas não tanto comuns, (dedo nos olhos) e coisas do género. Este trata de uma situação que o oponente tem uma vantagem física, tornando necessario atacar em ponto do corpo onde não haja vantagem física.
    UNSU: (Mãos e Nuvens):O Kata com o estilo do Dragão por Mestre Aragaki. Onde ele o treinou não se tem conhecimento, mas as grandes influências Chinesas neste Kata sugerem que tenha sido certamente em continente chinês. O nome usado em Okinawa é Unshou e significa "Defesa Contra A Nuvem", ou seja, mesmo se seus inimigos cercarem você como uma nuvem, com certeza você os vencerá se tiver aprendido o Unsu. Este é sem dúvida o kata mais curioso do estilo Shotokan, possuindo técnicas das mais variadas formas, das mais simples as mais complexas, sendo somente indicado a praticantes de alto nivel técnico.
    SOCHIN: (Espírito Inabalável): Este nome sugere que o praticante que o domine não temerá nada. É um kata de bases bastante pesadas primando para um bom desenvolvimento da base, postura e força.
    NIJUSHIHO: (Vinte e Quatro Passos): Um kata bem complexo apesar da pouca quantidade de movimentos. Este faz um rápida mudança de direção e um grande variação de técnicas de defesa e contra-ataque.
    GOJUSHIHO: (Cinquenta e Quatro Passos): Há duas formas de Gojushiho (Dai e Shô) sendo estes uns dos maiores katas do estilo shotokan. Neles existem técnicas bem singulares não sendo vistas em nenhum outro kata shotokan.
    MEIKYO: (Espelho Limpo) ou (Espelho da Alma): Este é um Kata muito misterioso. Presume-se que os japoneses o conheciam muito antes que Mestre Funakoshi tenha introduzido o Karatê de Okinawa no Japão. Há até mesmo uma lenda japonesa a respeito de Ameratsu, a deusa do sol. Ela havia perdido seu espelho e não podia admirar-se, ficando muito aborrecida. Desta maneira, o mundo ficou nas trevas. Finalmente os outros deuses decidiram que alguma coisa deveria ser feita, então enviaram um grande guerreiro para realizar a "Dança da Guerra" do lado de fora da caverna. A "Dança Da Guerra" foi nomeada Meikyo. Meikyo é traduzido como "O Espelho da alma". O nome antigo para Meikyo era Rohai, o qual está agora voltando a ser usado.
    JIIN: (Amor e Proteção): Este segue o mesmo principio do JION, sendo um kata de base pesadas e sempre visando uma melhor postura do praticante.
    WANKAN: (Coroa Real):Esta Kata era conhecida no passado pelo nome de Shiofu e Hito que significava a Coroa do Rei. É a Kata mais curto do Karatê Shotokan, só com um Kiai. Como não fazia parte do grupo inicial de katas introduzidas por Gigin Funakoshi no Japão, é geralmente aceito que foi o filho Yoshitaka Funakoshi que a introduziu no Shotokan, numa nova versão, por si trabalhada e modernizada. Devido a sua dimensão existe a ideia que é uma kata inacabada, cujo desenvolvimento foi interrompido com a morte precoce de Yoshitaka Funakoshi. Esta tese ganha significado já que as versões actualmente existentes em outros estilos de Okinawa, são bastante mais compridas. Um kata sem duvida singular, contendo técnicas básicas e avançadas como torções. É o menor do estilo shotokan.

2. HISTÓRIA DO KARATE NO BRASIL E NA BAHIA


O Karatê chegou ao Brasil com os imigrantes japoneses, em 18 de Junho de 1908, quando o navio Kasaato-Maru aportava em Santos-SP. A colônia se instalou primeiro no interior de São Paulo. Durante décadas, professores vindos da terra-mãe ensinavam a "arte da mão vazia" aos jovens nipônicos e aos poucos brasileiros que se interessavam.Só em 1956 o prof. Mitsusuke Harada organizou a primeira academia na rua Quintino Bocaiúva , no centro da capital Paulista. Seguindo o exemplo , Akamine (1958), e outros mestres de Karatê fundaram suas academias: Juichi Sagara e Okuda em São Paulo, Yasutaka Tanaka e Sadamu Uriu no Rio de Janeiro, Higashino em Brasília , Machida no Pará e Eisuku Oishi na Bahia.Em 1960, o prof. Akamine fundou a associação brasileira de Karatê ( SP ) e a partir daí essa arte começou a crescer no país.Em 1972, a equipe brasileira de Karatê ganha destaque internacional. Naquele ano, fomos campeões mundiais com Luís Watanabe e no ano seguinte vice-campeão novamente com Watanabe e segundo lugar por equipe no 1º Campeonato Pan-americano realizado no Rio de Janeiro.Em 1977, o Brasil terminou entre as 8 primeiras equipes no Mundial de Tóquio, no ano seguinte, bicampeão por equipe no Pan-americano de Montreal em 1978 e em 1981 vice-campeão Sul-americano em Buenos Aires. Em 1983, o Brasil conquistou o 4º lugar no Mundial realizado no Egito.Gostaria de lembrar que todos estes títulos foram conquistados por atletas de uma mesma organização pois no Brasil nesta época não existiam CBK e nem CBKT.Karatecas de destaque no início do Karatê esportivo no Brasil: Denílson Caribé, Paulo Góis, Ugo Arrigone, Ronaldo Carlos da Silva, Ricardo Carvalho, Ennio Vezzuli, Antônio Fernando Pinto, Dorival Caribé, Luís Watanabe, Antônio Gomes Martíns, Antônio Aderne, Flávio Testa, Robson Maciel, Yohannes Freiberg, Djalma Caribé, Ricardo D'Elia, Geraldo de Paula, Jose Carlos Gomes de Oliveira, entre outros.Porém é sempre bom lembrar que o Karatê só veio a ganhar destaque nacional a partir do Movimento de Integração Nacional liderado pelo saudoso Professor Baiano Denílson Caribe. No início da década de 60, chegava à Bahia o mestre japonês Masahiro Saito, 4º Dan de Judô e com alguns conhecimentos de karatê, tendo difundido na Bahia os primeiros ensinamentos da arte. Em 1961 mudou-se para a Bahia o japonês Eisuki Oishi, 19 anos, que começou a ensinar karatê no ginásio do Acrópole, para um grupo de dez pessoas. Dentre estes alunos, estava Denilson Caribé, 21 anos, que já tinha conhecimento de outras artes marciais, como o Jiu Jitsu. Quinze dias depois do início do curso, Oishi apresentou sérios problemas estomacais, causados pelo forte tempero baiano. Sem dinheiro, doente e sem saber falar português, Oishi foi expulso da pensão onde estava hospedado. Depois de três dias sem comparecer ao treinamento, Denílson resolveu procurar seu mestre. Encontrou Oishi em estado deprimente, com febre e desidratado. Oishi foi levado para a residência de Caribé, onde passou oito dias se recuperando dos maus tratos. Nasceu daí uma grande amizade e um pacto entre os dois: Caribé ensinaria a Oishi o idioma português e Oishi ensinaria a Caribé as técnicas mais avançadas do karatê.Denílson se destacou nos treinamentos e ficou à frente do grupo que treinava no Acrópole. Em 1966, Oishi foi chamado a comparecer com urgência ao Japão para resolver problemas relacionados à família, e deixou Caribé encarregado de prosseguir os treinamentos. Então faixa roxa, Caribé buscou orientações dos grandes mestres de karatê que passavam pelo Brasil dando curso sobre a arte, dentre os quais estava Yasutaka Tanaka. Caribé conseguiu conciliar o karatê com o trabalho que realizava na Petrobrás e se tornou o primeiro Faixa Preta da Bahia. Com alguns amigos, fundou a Associação Baiana de Karatê - Askaba, que, inicialmente, funcionava no subsolo de uma casa localizada em Brotas. Em 1974 Caribé foi a Tókyo participar de um festival de karatê e reencontrou o amigo e mestre Oishi, o qual constatou o brilhante desempenho do aluno. Caribé retornou à Bahia onde deu prosseguimento ao esporte, condenando veementemente qualquer iniciativa comercial na abertura de academias que visassem apenas o lucro imediato.
A Bahia nessa época ainda participou do 1º Torneio Interestadual, realizado em São Paulo no ano de 1965, e apesar da pouca qualidade técnica devido ao pouco tempo de treinamento de Karatê e também pela falta de patrocínio conseguiram com garra e vontade sagrar-se campeões brasileiro.

Fonte: http://www.karatebushidokan.com


KARATÊ NA BAHIA

Karatê-Dô na Bahia Extraído do livro Karatê-Dô - Uma Introdução, de Ubiratan Bezerra.

No início da década de 60, chegava à Bahia o mestre japonês Masahiro Saito, 4º Dan de Judô e com alguns conhecimentos de karatê, tendo difundido na Bahia os primeiros ensinamentos da arte. Em 1961 mudou-se para a Bahia o japonês Eisuki Oishi, 19 anos, que começou a ensinar karatê no ginásio do Acrópole, para um grupo de dez pessoas. Dentre estes alunos, estava Denilson Caribé, 21 anos, que já tinha conhecimento de outras artes marciais, como o Jiu Jitsu. Quinze dias depois do início do curso, Oishi apresentou sérios problemas estomacais, causados pelo forte tempero baiano. Sem dinheiro, doente e sem saber falar português, Oishi foi expulso da pensão onde estava hospedado. Depois de três dias sem comparecer ao treinamento, Denilson resolveu procurar seu mestre. Encontrou Oishi em estado deprimente, com febre e desidratado. Oishi foi levado para a residência de Caribé, onde passou oito dias se recuperando dos maus tratos. Nasceu daí uma grande amizade e um pacto entre os dois: Caribé ensinaria a Oishi o idioma português e Oishi ensinaria a Caribé as técnicas mais avançadas do karatê.
Denilson se destacou nos treinamentos e ficou à frente do grupo que treinava no Acrópole. Em 1966, Oishi foi chamado a comparecer com urgência ao Japão para resolver problemas relacionados à família, e deixou Caribé encarregado de prosseguir os treinamentos. Então faixa roxa, Caribé buscou orientações dos grandes mestres de karatê que passavam pelo Brasil dando curso sobre a arte, dentre os quais estava Yasutaka Tanaka.
Caribé conseguiu conciliar o karatê com o trabalho que realizava na Petrobrás e se tornou o primeiro Faixa Preta da Bahia. Com alguns amigos, fundou a Associação Baiana de Karatê - Askaba, que, inicialmente, funcionava no subsolo de uma casa localizada em Brotas. Em 1974 Caribé foi a Tókyo participar de um festival de karatê e reencontrou o amigo e mestre Oishi, o qual constatou o brilhante desempenho do aluno. Caribé retornou à Bahia onde deu prosseguimento ao esporte, condenando veementemente qualquer iniciativa comercial na abertura de academias que visassem apenas o lucro imediato.
Em vinte e quatro anos de karatê, Caribé conseguiu vencer diversos campeonatos baiano, brasileiro e ser vice-campeão pan-americano em 1972.
Líder inconteste do karatê baiano, desaparece tragicamente em 23 de outubro de 1985, em acidente automobilístico, perto de Vitória da Conquista. Sua morte, no auge da sua carreira, deixou o karatê baiano órfão, sem uma liderança magnífica, como era a sua. No entanto, essencialmente, Caribé não morreu. Em cada um de seus discípulos ficou a sua marca e expressão do seu talento e do seu trabalho que tanto dignificou o karatê e a Bahia. (FONTE: FBK).

KARATÊ NO BRASIL

Karatê-Dô no BrasilExtraído do livro Karatê-Dô - Uma Introdução, de Ubiratan Bezerra
O karatê chegou ao Brasil com os imigrantes japoneses, no ano de l908 e já que a colônia se instalou primeiro no interior de São Paulo e na capital, nada mais lógico do que aquele estado se transformar no pioneiro do karatê nacional. Durante décadas, vindos da terra-mãe, os japoneses, dentre eles o professor Akamine, ensinavam a "arte da mão vazia" aos jovens nipônicos e aos poucos brasileiros que se interessavam.
Só em 1956 o professor Mitsuke Harada organizou a primeira academia na rua Quintino Bocaiúva, no centro da capital. Seguindo o exemplo de Harada, outros Mestres de Karatê fundaram suas academias: Juichi Sagara, em São Paulo; Yasutaka Tanaka, Sadamu Uriu, no Rio de Janeiro, Higashino em Brasília e Eisuku Oishi na Bahia.
Em 1960, o Professor Shikan Akamine fundou a Associação Brasileira de Karatê, em São Paulo e a partir daí essa arte começou a crescer em qualidade e número de adeptos no País.

(FONTE FBK)

KARATÊ NO JAPÃO

Karatê-Dô no JapãoExtraído do livro Karatê-Dô - Uma Introdução, de Ubiratan Bezerra.
O karatê (arte chinesa de luta) foi introduzido no Japão por volta de 1627 a 1644 por um chinês de origem nobre, de nome Chen Yuan Ping (ou Gen Pin Chin), o qual, juntamente com o karatê, introduziu também o sai (bastão), o qual foi posteriormente adotado pelas forças policiais, com pequenas modificações, transformando-se no jittesai.
Em 1902, o Ministério da Educação do Japão autorizou a Prefeitura de Okinawa a incluir o karatê como parte do programa educacional a ser ministrado em suas escolas públicas, o que contribuiu para que o karatê se tornasse mais popular.
Em 1906, um grupo de karatecas liderados por Gichin Funakoshi efetuou a primeira demonstração pública de karatê de que se tem registro, em Okinawa, na inauguração do novo prédio da Prefeitura.
Posteriormente, este mesmo grande Mestre de Karatê (Gichin Funakoshi) - que nasceu em Shuri/Okinawa, no ano de 1869, tendo iniciado seus treinamentos de karatê com 11 anos e sido aluno dos Mestres Itosu e Azato -, foi convidado pela Prefeitura de Okinawa a realizar, em 1916, a primeira demonstração pública de karatê fora de Okinawa, no Centro de Artes Marciais da cidade de Kyoto, no Japão.
Em março de 1921, Funakoshi é novamente encarregado pela Prefeitura de Okinawa para organizar uma nova demonstração pública de karatê, desta vez para o futuro Imperador do Japão (na época o príncipe herdeiro) em caminho para uma viagem à Europa.
Em função do sucesso daquela demonstração Sensei Funakoshi foi convidado para participar, em 1922, da primeira demonstração atlética em Tókyo, sob os auspícios do Ministério da Educação. Naquele mesmo ano, Sensei Funakoshi publica o primeiro livro de karatê de que se tem notícia, sob o título "Ryu Kyu Kempo: Karatê", o qual foi republicado no ano seguinte, em edição revista e ampliada, sob o título "Rentan Goshin Karatê-Jitsu".
A acolhida recebida em Tókyo e o sucesso das apresentações efetuadas levou Funakoshi a retornar em 1923, fixando residência na capital japonesa.
Nos primeiros anos de sua estada em Tókyo, Funakoshi alugava "dojos" de Judô e Kendô para dar aulas de karatê, que também eram realizadas em várias universidades e até mesmo na Kodokan, a Meca do Judô.
Com o crescente aumento da popularidade do karatê, em 1936 é fundada a Shotokan (significando Casa de Shoto, sendo Shoto o pseudônimo de Funakoshi em suas obras literárias), o que, além de vir a tornar-se em um dos marcos mais importantes da história do Japão, transformar-se-ia também no nome do estilo de karatê praticado. Naquela época, Funakoshi abandona a denominação Tang-Te e modifica a interpretação dos caracteres da palavra karatê pela sua correspondência japonesa a mãos vazias, alteração esta levada pelo profundo sentimento anti-chinês reinante no Japão e que veio a ser aceita por todos em pouco tempo, até mesmo pelos tradicionais Mestres de Okinawa.
Para reforçar esta nova interpretação dos componentes da palavra karatê, Funakoshi utilizava da seguinte figura de retórica: "Da mesma forma que a superfície polida de um espelho reflete tudo que é colocado à sua frente e como um vale calmo e tranqüilo propaga sons quase inaudíveis, deve o praticante de karatê manter sua mente vazia de egoísmo e maldade, de forma apta a perceber e reagir adequadamente às situações com as quais venha a se defrontar". Este é o significado de kara ou vazio em karatê.
Ainda em 1936, Funakoshi publica o seu livro mais famoso: "Karatê - Dô Kyoran (The Master Text)", continuando a desenvolver um intenso trabalho em prol da consolidação do karatê no Japão, culminando com a criação, em 1948, da Japan Karatê Association (JKA), da qual foi o primeiro Instrutor Chefe.
Gichin Funakoshi morreu em abril de 1957, com idade de 88 anos, deixando como legado um memorável trabalho desenvolvido em prol do engrandecimento do Karatê-Dô, razão pela qual é reconhecido por muitos como o principal responsável pelo desenvolvimento do Karatê-Dô moderno.
Dentre seus alunos destacaram-se Masatoshi Nakayama (que o sucedeu como Instrutor Chefe da JKA - já falecido), Shigeru Egami (Presidente/ Instrutor da Shoto-Kan da Japan Karatê - Dô Shoto-Kay), Masutatsu Oyama (Fundador e Instrutor Chefe do Kyokushinkay), Hirozaku Kanazawa (fundador e Instrutor Chefe da Shotokan Karatê International - SKI), Hidetaka Nishiyama, Taiji Kase, Keinosuke Enoeda e Teruyuki Okazaki (Instrutor Chefe da JKA para as Américas).

(FONTE FBK)